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20ª SNCT: Inpa apresenta tecnologias sociais desenvolvidas para Amazônia

Estande do instituto na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, terá protótipos 


Foto: Débora Vale

Um purificador de água movido a energia solar, óleos essenciais fabricados a partir de espécies amazônicas e um criatório de peixes regionais. Todos esses produtos foram desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e integram o rol de tecnologias sociais que oferecem soluções para os problemas enfrentados pelas comunidades da Amazônia e contribuem para a geração de renda.

Os produtos serão apresentados ao público na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que será realizada, em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, entre os dias 14 e 20 de outubro.

“Posso adiantar que teremos no estande do Inpa um painel de pele de peixe amazônico e outros dois painéis com um mostruário muito rico de madeiras amazônicas. Esses painéis têm mais do que uma função informativa. Eles têm um valor estético muito grande e foram feitos com galhos de Buriti”, explicou a coordenadora de Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez.

Além dos painéis, o Inpa levará para a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia o protótipo de criadouro de matrinxãs, uma espécie de peixe comum nos igarapés da Amazônia. “É um criatório de peixes regionais para a subsistência familiar, para que as famílias possam ter produção e acesso a proteína animal durante o ano todo”, ressaltou Denise.

O estande do Inpa também terá amostras de cogumelos comestíveis, que são objeto de pesquisa científica no instituto. “Isso é interessante para as pessoas entenderem as relações com o yanomamis, os povos originários da Amazônia que já cultivavam e consumiam esses cogumelos há muito tempo e que tem um conhecimento bastante consolidado”, disse a coordenadora Denise Gutierrez.

“Também vamos apresentar um purificador de água, que representa pesquisa básica para o desenvolvimento sustentável, ou seja, uma resposta para os problemas da região. Essa tecnologia foi desenvolvida para garantir o acesso à água potável pelas comunidades. Além disso, teremos um mostruário de óleos essenciais de espécies amazônicas.”

As tecnologias sociais desenvolvidas pelo Inpa são de uso aberto, sem patente.

Projeto Rede Amazônica de Tecnologia Social

Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Inpa possui a Rede Amazônica de Tecnologia Social – um projeto financiado pelo CNPq com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento na Amazônia. Neste projeto, foram produzidos vídeos para a disseminação de tecnologias sociais.

Dez mini documentários mostram as tecnologias sociais aplicadas em comunidades amazônicas. Segundo a coordenadora do Inpa, os temas foram selecionados para compartilhar as experiências vividas. “A ideia de fazer os vídeos em formas de tutoriais é gerar um material que pudesse disseminar os resultados e as tecnologias da Amazônia”, disse Denise Gutierrez. “Os temas abordam a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das pessoas da região.” 

Além do Inpa, o projeto contou com a colaboração do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), que também são unidades de pesquisa vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. 

Os vídeos estão disponíveis no canal do Inpa no Youtube.

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