Restauração e modernização adotará padrão retrofit, com expectativa de gerar empregos e aquecer o turismo religioso
Foto: Divulgação
Um novo complexo de turismo religioso, incluindo hospedagem, atrativos culturais e opções de lazer, vai ser instalado em Olinda. A Santa Casa de Misericórdia, em parceria com a Prefeitura do município, firmou um protocolo de intenções para a elaboração de um projeto de restauração para o Convento de Santa Teresa, localizado no bairro de mesmo nome, no corredor de entrada da cidade. Os investimentos são da iniciativa privada, por meio do grupo GRS Incorporadora, com a expectativa de apresentação da proposta em cerca de 90 dias.
“Trata-se de um importante trabalho, fruto do protagonismo de Olinda no cenário de atrativo turístico de Pernambuco, impactando na geração de renda, com a geração de empregos diretos e indiretos. Estamos felizes com essa transformação no Convento de Santa Teresa, impulsionando uma requalificação que vai avançar por todo o Sítio Histórico da nossa cidade”, destacou a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Mirella Almeida, ao lado do prefeito, Professor Lupércio, que comemorou a iniciativa.
Segundo a pasta, o hotel vai adotar o padrão de tecnologia chamado de retrofit. O processo tem por objetivo a restauração de prédios antigos de forma a preservar a sua arquitetura original, e também adequá-lo à legislação vigente. Localizado na área de proteção do Sítio Histórico, a igreja e seu convento foram construídos por João Fernandes Vieira, um dos heróis da Restauração Pernambucana. O imóvel assinala a arquitetura católica barroca do século 18, integrando a lista dos primeiros bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na Marim dos Caetés.
Há bastante tempo, a instituição foi alvo de uma reestruturação, não abrigando mais a quantidade de religiosos que antes mantinha em suas dependências. O projeto tem como pilar, também, a necessidade de dinamismo da manutenção física, evitando qualquer tipo de deterioração do prédio, além do reconhecimento da sua relevância histórica e cultural. Os trâmites ainda devem passar pela Câmara de Legislação e Tombamento (CTL), pelo Conselho de Patrimônio, assim como pela aprovação do Iphan.
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