Espaço recebeu uma série de intervenções, incluindo pintura e manutenção nas instalações elétricas
Foto: Sandro Barros/ Secom Olinda
Após um mês e meio de trabalhos, o Arquivo Público Municipal de Olinda foi entregue pelo prefeito, Professor Lupércio, com uma série de melhorias para quem o utiliza como fonte de pesquisa. O espaço recebeu pintura, manutenção de instalações elétrica, hidráulica e nas esquadrias e janelas. Além disso foram ministrados cursos de argamassa de revestimento a base de cal para fachadas em edificações históricas, além de pintura a cal. O objetivo é qualificar a equipe de reeducandos que trabalharão no projeto Pinte Seu Patrimônio.
"Aqui está a memória viva da nossa cidade. E temos que cuidar dela com muito carinho, para entender a história de nossa cidade e como ela evoluiu nesses 488 anos. Também quero agradecer a todos os funcionários envolvidos, principalmente aos reeducandos. Esse arquivo tem a marca de vocês, lembrem disso. Precisamos do trabalho dos senhores. Parabéns", disse Lupércio.
Foto: Sandro Barros/ Secom Olinda
A secretária de Patrimônio e Cultura de Olinda, Gabriela Campelo também falou em agradecimento aos esforços dos trabalhadores e lembrou que a capacitação que eles receberam foi o pontapé inicial para a retomada do Pinte Seu Patrimônio. "Iniciamos a volta desse projeto com a entrega do Arquivo Municipal. Quero agradecer a todos que se envolveram nisso". A secretária executiva de Patrimônio, Ana Cláudia Fonseca ressaltou que o patrimônio humano foi fundamental para que o patrimônio público tivesse o devido cuidado. "Vocês se tornaram muito importantes para a nossa história".
Este ano o espaço comemorou 40 anos de atividades. Lá estão documentos, plantas, fotografias e reportagens que datam de mais de 300 anos, como uma versão mais antiga do Foral de Olinda, documento outorgado por Duarte Coelho, e que confere à povoação de Olinda o título de Vila e estabelece o seu patrimônio público. Esse Foral ainda tem validade jurídica, retroativa a 1537, ano da fundação da cidade e delimita o espaço físico e dá à Olinda o direito de receber foro – taxa sobre a propriedade do terreno.
No arquivo também existem referências a bairros que não existem mais e outros que, na delimitação das cidades, passaram de Olinda para o Recife, como Arruda e Beberibe. Entre as fotos, há registros das primeiras casas construídas na beira-mar, tendo sua imagem mais antiga datada de 1.850.
O Arquivo Público de Olinda está aberto para pesquisadores, estudantes e cidadãos de segunda a sexta, das 8h às 13h. Ele começou a funcionar com a atual estrutura, na casa da antiga residência da família Coelho Leal, na Rua de São Bento, em 1996. Até então, o Palácio dos Governadores era a sede do Arquivo. Já partindo das novas instalações, foram realizadas incursões em várias cidades do Brasil, sobretudo Rio de Janeiro, e do mundo em busca do material que hoje pode ser conferido em Olinda. Só em Portugal, o trabalho durou de 1996 até 2002.
Em agosto deste ano, durante a 16ª Semana Nacional do Patrimônio, o Arquivo Público foi condecorado com a medalha josé Luiz da Mota de Menezes em referência à luta da instituição em manter Patrimônio Histórico de Pernambuco.
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