Sindicato acusa gestão tucana de descaso com a saúde pública
Outdoor do Simepe. Imagem - Divulgação
Da redação
No cenário político e social de Pernambuco, o Sindicato dos Médicos (Simepe) emerge como uma voz contundente, denunciando os desafios alarmantes que assolam a rede pública de saúde. A campanha em curso contra o governo de Raquel Lyra (PSDB) transcende o simples embate político, revelando uma crise profunda e crescente que requer a atenção urgente de todos os pernambucanos.
A campanha
Os outdoors espalhados pelo estado são emblemáticos, apresentando um paciente vulnerável em uma cadeira de rodas, cicatrizado e pontuado por vários pontos na cabeça. A mensagem inequívoca é clara: "A economia do Governo do Estado causa sérios cortes." Este apelo visual impactante é apenas a ponta do iceberg de uma série de problemas que, segundo o Simepe, resultam da falta de recursos na gestão tucana para a saúde.
Sequelas e morte
O cerne da denúncia recai sobre o "descaso com a rede de atendimento neurocirúrgico em Pernambuco", um desafio que, segundo o sindicato, não apenas compromete a qualidade do serviço, mas leva a "sequelas e a morte de pacientes". Em uma blitz conjunta com o Conselho Regional de Medicina, o Sindicato dos Médicos evidenciou o caos na rede, revelando salas de recuperação abarrotadas, emergências superlotadas, e uma ausência alarmante de controle de infecção hospitalar.
Várias áreas de saúde
A crítica abrangente do Simepe destaca que o problema não se limita à neurocirurgia, mas se estende a áreas vitais como vascular, ortopedia e maternidades. As condições precárias na rede estadual de saúde estão transformando os hospitais em cenários de emergência descontrolada, onde pacientes adultos e pediátricos são misturados, e a falta de materiais e medicamentos dificulta a prestação de cuidados adequados à população pernambucana.
Construção de diálogo
Em meio a esse panorama desolador, o Simepe não apenas denuncia, mas se coloca à disposição para construir diálogos construtivos e propor melhorias em colaboração com o governo estadual. A oferta de diálogo destaca a responsabilidade compartilhada na resolução desses desafios complexos.
A nota do sindicato ressalta a escassez de leitos de retaguarda, agravada pelo fechamento de leitos ao longo do ano e a carência de recursos humanos devido a contratos encerrados. Essa combinação de fatores, segundo o Simepe, está estrangulando ainda mais uma rede já debilitada.
Apelo
Diante desse quadro, o Sindicato dos Médicos faz um apelo veemente à consciência coletiva. Observar um estado tentando administrar cortes austeros é compreensível, mas quando essas medidas afetam negativamente a saúde, sem trazer melhorias, é imperativo que a população seja informada. O grito do Simepe é um chamado para que Pernambuco retorne a ser um estado que promove a saúde de seus cidadãos.
Espaço aberto
O espaço agora está aberto para a Secretaria Estadual de Saúde e o Governo de Pernambuco, convidando-os a responder e colaborar na busca por soluções que reestabeleçam a qualidade do sistema de saúde pública do estado. A saúde é um direito fundamental, e é hora de unir esforços para superar os desafios que ameaçam o bem-estar de todos os pernambucanos.
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