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“Antártica desempenha papel crucial no equilíbrio climático global”, afirma ministra Luciana Santos

Evento celebrou o Programa Antártico Brasileiro e a produção de conhecimento científico no continente gelado 

Foto: Luara Baggi/MCTI

A ministra Luciana Santos destacou nesta segunda-feira (18) o papel da produção científica nacional no continente antártico para compreender as mudanças climáticas. Na abertura do simpósio “Conexões Científicas entre Brasil e Antártica”, a titular do MCTI ressaltou também o papel do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o mais longevo programa de pesquisa do país.

“Sabemos que a Antártica desempenha um papel crucial no equilíbrio climático global, sendo fundamental para compreender as mudanças do clima. Além disso, o estudo da biodiversidade única da região contribui para a compreensão da vida em condições extremas e para a busca por novas formas de adaptação”, afirmou a ministra.

O simpósio do MCTI celebrou o Dia da Antártica, data que remete à assinatura do Tratado Antártico em 1º de dezembro de 1959. Em 1975, o Brasil se tornou membro consultivo do acordo e hoje é parte do grupo de 29 nações que atuam em decisões e pesquisas no continente. Em 1984, o Brasil inaugurou a Estação Comandante Ferraz.

O comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Mario Sampaio Olsen, ressaltou a parceria da instituição com o MCTI para a pesquisa antártica. “A adesão do Brasil ao Tratado Antártico lançou um desafio para o Estado brasileiro. A implementação do Proantar em 1982 lançou os fundamentos para que militares e pesquisadores seguissem rumo ao mar em direção à Antártica.”

A diretora de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ana Paula Leite Prates, apontou a importância da região no momento atual. “Nesse momento em que o mundo se depara com graves crises geopolíticas, disputas territoriais e crises climáticas, a gente tem que ter um olhar especial para o continente antártico e o que ele representa para o planeta e a humanidade”, ressaltou.

Já o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, frisou o aumento dos recursos destinados à pesquisa antártica na chamada mais recente. “Nesse mês de dezembro foi divulgado o resultado da chamada que selecionou 29 projetos de pesquisa que estão em fase de contratação. O orçamento evoluiu para R$ 30 milhões, o maior valor já destinado à pesquisa polar no Brasil.”

O simpósio reuniu jovens pesquisadores de diferentes universidades que apresentaram o resultado de pesquisas sobre a Antártica, mudanças climáticas, poluição, biodiversidade e saúde humana.

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