Em ato de entrega de Casa de Acolhida que foi requalificada, Prefeitura do Recife anuncia nomeação de 79 aprovados em concurso

Esse é o primeiro equipamento de acolhimento a ser concluído entre os 12 que a Prefeitura do Recife vai reformar até 2024. O investimento total é de R$ 3,6 milhões e vai beneficiar cerca de 400 pessoas acolhidas, entre mulheres, crianças, adolescentes e pessoas idosas 

Foto: Rodolfo Loepert/Prefeitura do Recife

Com o objetivo de aprimorar os serviços oferecidos a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, o prefeito do Recife, João Campos, anunciou a nomeação de 79 aprovados em concurso da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas. O anúncio ocorreu durante ato de entrega da requalificação da Casa de Acolhida Aconchego, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, que abriga atualmente 20 crianças e adolescentes. A reforma foi orçada em R$ 500 mil, sendo a primeira entrega dentro de um total de 12 casas de acolhimento institucional para a população em vulnerabilidade. Ao todo, serão cerca de 400 pessoas beneficiadas com o investimento de R$3,6 milhões nas reformas.

Já as nomeações terão como foco qualificar, prioritariamente, as ações voltadas para primeira infância, além da implantação de novos serviços, como o Centro Dia para pessoas com deficiência e fortalecer os serviços voltados à população em situação de rua. Esses profissionais também passarão a integrar diversos centros de assistência social como a Casa Aconchego.

Foto: Rodolfo Loepert/Prefeitura do Recife

O concurso realizado pela Fundação Carlos Chagas previa a nomeação de 301 classificados - com essa nomeação, já são mais 117 classificados nomeados para compor o corpo técnico da assistência social e direitos humanos na cidade do Recife.

“A gente está requalificando todas as nossas unidades de acolhida e essa é a primeira entrega. É muito importante ter esse cuidado com a infraestrutura social da cidade, com os equipamentos da assistência social, programas, servidores e profissionais. Aqui nós temos 20 crianças e adolescentes que estão abrigados. E trabalhamos diariamente para garantir todos os direitos no melhor conforto possível, desde a infraestrutura adequada até a matrícula nas escolas. O acompanhamento de toda a equipe da assistência faz toda a diferença nesse cuidado dos direitos, que é papel do poder público”, frisou João Campos.

As paredes passaram a ser revestidas em cerâmicas, o que vai levar maior durabilidade ao local, menos umidade e higiene. As janelas também foram trocadas com proteção gradeada, assim como os armários destinados à guarda de pertences, que foram trocados por materiais novos. A área externa também foi trocada por piso de lajotas, o que vai garantir mais durabilidade e segurança - já que o material é antiderrapante. O local também vai contar com uma área de lazer onde foi pintada uma pequena quadra de futebol, que funciona para interação em grupo e atividade física dos acolhidos.

"O nosso objetivo é investir na dignidade dessas pessoas acolhidas. Por isso, é tão importante garantir a nomeação de profissionais qualificados para o trabalho, como também uma infraestrutura preparada para receber a todas e todos. Quem é atendido nesse espaço de acolhida já tem um histórico de vulnerabilidade e de direitos violados - então, precisamos fortalecer o equipamento para entregar um bom serviço e potencializar os resultados que queremos, que é o de ver essas crianças e adolescentes se empoderando como sujeitos de direitos e tendo, principalmente, dignidade", destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas do Recife, Ana Rita Suassuna.

A Casa de Acolhida Aconchego é gerenciada pela Prefeitura do Recife desde 2017. No local, são oferecidos serviços de acolhimento institucional para crianças e adolescentes temporariamente afastados de sua família e comunidade, com o objetivo de proteger a integridade física e mental, além de assegurar os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nessas casas, são assegurados direitos como a oferta de moradia, alimentação, vestimenta, educação, saúde, lazer, além do acompanhamento junto às famílias.

Jael Engracia, psicóloga e servidora social que atua na Casa Aconchego, conta que as reformas trouxeram melhorias significativas para o dia a dia das crianças. “Nós estamos muito felizes com essa nova estrutura.  A casa atualmente é o lar das crianças, então elas precisam se sentir confortáveis. A gente percebe o quanto essa mudança na estrutura trouxe maior conforto, os meninos estão mais animados e alegres com esse novo espaço. Além de a casa estar toda revitalizada e com a carinha deles, nós também ganhamos muito em segurança, que era um antigo déficit”, explicou.