A delicada balança entre estética ideal e riscos médicos na era dos implantes hormonais
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Da redação
No mundo da medicina e estética, um novo protagonista tem causado debates acalorados: o chamado "chip da beleza". Este implante hormonal, promovido como uma solução milagrosa para perda de peso, rejuvenescimento e aumento da libido, enfrenta agora um intenso escrutínio de várias entidades médicas brasileiras. Este artigo explora as preocupações levantadas por especialistas e o apelo feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O que é o 'Chip da Beleza'?
Conhecidos popularmente como "chip da beleza", esses dispositivos são pequenos implantes hormonais prescritos para uma variedade de propósitos estéticos e de saúde. Compostos geralmente por testosterona ou gestrinona, e às vezes combinados com outras substâncias, eles prometem benefícios como emagrecimento e rejuvenescimento. Este segmento detalha a composição e o uso pretendido desses implantes.
Alertas de especialistas sobre os efeitos colaterais e perigos
A comunidade médica levanta alarmes sobre os perigos associados a esses implantes. Os efeitos colaterais relatados incluem riscos graves como infarto, tromboembolismo e acidente vascular cerebral, além de problemas psicológicos e psiquiátricos. Este trecho discute as advertências dos médicos e os potenciais riscos à saúde dos usuários.
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O caso da Cantora Flay
Além das preocupações médicas e alertas regulatórios, os efeitos adversos dos implantes hormonais ganham um rosto conhecido com o caso da cantora e compositora Flay. Após adotar o método, ela sofreu com acne e ganho de peso, ilustrando os potenciais riscos associados a esses tratamentos.
Flay, que implantou o chip em novembro de 2021, afirma que não foi informada sobre os possíveis efeitos colaterais pelo médico que prescreveu o dispositivo e se sentiu enganada. Após seis meses, período em que o chip deixou de fazer efeito, a cantora conseguiu se livrar dos efeitos colaterais, e sua pele, cabelos e corpo voltaram ao normal.
A resposta das autoridades de saúde
Sete entidades médicas brasileiras importantes se uniram para solicitar à Anvisa que tome providências sobre a manipulação e uso dos implantes hormonais. Este segmento analisa o pedido feito à agência reguladora, destacando a necessidade de controles mais rigorosos e regulamentações específicas para garantir a segurança dos pacientes.
A posição da Anvisa e a proibição de propaganda
Refletindo a gravidade das preocupações com os implantes hormonais, a Anvisa proibiu em 2021 a propaganda da gestrinona e produtos relacionados. Classificados como um 'risco à saúde pública', esses produtos não são regulamentados pela agência, o que ressalta a necessidade de uma abordagem cautelosa e informada por parte dos consumidores e profissionais de saúde.
Equilibrando desejos estéticos com saúde e bem-estar
O artigo conclui refletindo sobre a importância de uma abordagem equilibrada, destacando a necessidade de conscientização sobre os riscos associados a esses tratamentos e a importância de regulamentações rigorosas para proteger a saúde pública.
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