Três dias depois de ter o perfil oficial no Instagram invadido por criminosos, o pré-candidato do PT à Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, voltou a ser alvo de grupos de oposição
Foto: Divulgação
O ex-prefeito prestou queixa à Polícia Civil, na tarde desta segunda-feira (15), após ter recebido informações de que haveria um "esquema" para intimidá-lo durante participação na cerimônia de encerramento da Festa do Glorioso Santo Amaro, padroeiro do município.
De acordo com relatos de fontes da atual gestão municipal, a equipe política do governo teria convocado servidores comissionados para vaiar e achincalhar Elias e membros da comitiva que o acompanharia no evento, entre os quais, os deputados federais Carlos Veras (PT) e Clodoaldo Magalhães (PV), e os deputados estaduais João Paulo (PT) e Doriel Barros (PT).
Por precaução, e para garantir a integridade física, todos optaram por cancelar a agenda. Um boletim de ocorrência foi registrado para apurar os fatos e responsabilizar os autores intelectuais.
"Não queremos nos envolver em provocações que, eventualmente, possam vir a tirar o brilho de uma festa que, reitero, não pertence a um governo ou a um grupo político. E quem não entende isso não merece estar no comando de uma cidade do porte e da relevância histórica e econômica como Jaboatão dos Guararapes. É por respeito ao povo e a Santo Amaro que optamos por cancelar a nossa participação no encerramento", disse Elias.
O alerta à pré-campanha de Elias foi dado não apenas por servidores comissionados, mas, também, por vereadores da base aliada e da bancada de oposição ao atual prefeito. "Esse é um fato que vai muito além da coisa partidária. É uma movimentação antidemocrática feita por pessoas ligadas a um grupo político que não tem medido esforços para se perpetuar no poder. É algo grave e que precisa ser investigado pelas autoridades policiais", observou Elias.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ex-prefeito salientou a insatisfação em se ver no meio de ameaças em pleno ano eleitoral, e lembrou que o encerramento da edição de 2024 da Festa do Glorioso Santo Amaro vai ser a primeira em quase 20 anos em que não vai poder participar.
"Estivemos na cerimônia realizada na última quinta-feira (11). Fomos muito bem recebidos pela população e pudemos ali desfrutar de uma das mais importantes festividades do calendário religioso do estado. Infelizmente, devido às ameaças, optamos por nos resguardar, e resguardar também a população e os religiosos, que não merecem ter um momento tão especial arruinado por politicagem", pontuou Elias.
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