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A segurança em Pernambuco pede socorro

Desafios crescentes e respostas insuficientes na segurança pública

Foto: Reprodução

Por John Lima

O estado de Pernambuco enfrenta atualmente um desafio crítico que ameaça sua estabilidade e o bem-estar de seus cidadãos: um aumento alarmante na criminalidade e na violência. Os dados recentes divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco são um reflexo preocupante desse problema. Em janeiro deste ano, o estado registrou 355 homicídios, um aumento de 23% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este é o maior número de homicídios dos últimos 13 meses, um claro indicativo de que a estratégia de segurança pública atual está falhando.

Este aumento ocorre paradoxalmente no contexto do programa 'Juntos pela Segurança', lançado pelo governo de Raquel Lyra. A iniciativa, que deveria ser uma resposta efetiva à escalada da violência, até agora não conseguiu atingir seus objetivos. A mudança recente no comando da Polícia Militar e da Polícia Civil é um sinal de que o governo reconhece a necessidade de ação, mas, infelizmente, estas mudanças não trouxeram melhorias significativas.

O desligamento de centenas de câmeras de segurança nas cidades estratégicas de Recife, Olinda, Caruaru e Petrolina, devido à falta de uma nova licitação, é um golpe adicional na capacidade de vigilância do estado. Essa situação é particularmente alarmante no contexto do Carnaval, um período de grande movimentação e celebração, mas também de riscos de segurança elevados.

Outro fator de grande preocupação é a recente fuga de detentos de alta periculosidade do Centro de Saúde Penitenciário de Pernambuco (CSP-PE), em Abreu e Lima. Este incidente não apenas evidencia falhas significativas no sistema prisional, mas também aumenta o perigo para a população em geral.

Para agravar ainda mais a situação, os policiais civis do estado, liderados pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), estão considerando uma greve devido à falta de diálogo com o governo. Uma paralisação da polícia civil neste momento crítico poderia ter consequências devastadoras para a segurança pública.

É igualmente perturbador que o governo estadual não tenha utilizado integralmente os recursos do Fundo Estadual de Segurança Pública e de Defesa Social de Pernambuco (FESPDS). Em 2023, dos R$ 48 milhões recebidos do governo federal, apenas a metade foi efetivamente utilizada. Este subaproveitamento de recursos financeiros, em um momento de crise evidente, levanta questões sobre a gestão e priorização das necessidades de segurança do estado.

O cenário atual em Pernambuco exige uma reflexão profunda e ações imediatas. Não é apenas uma questão de ajustes táticos na segurança pública, mas de uma revisão estratégica abrangente que considere todas as facetas do problema - desde a prevenção até a repressão eficaz da criminalidade. A população pernambucana merece viver em um ambiente onde a segurança não seja um luxo, mas um direito garantido. É imperativo que o governo de Raquel Lyra, em colaboração com todas as esferas do poder público e com a sociedade, encontre soluções eficazes e duradouras para restaurar a paz e a ordem neste estado historicamente rico e diversificado.

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