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A violência em Pernambuco continua alta

As estratégias usadas contra a violência, adotadas pelo governo de Raquel Lyra não estão apresentando bons resultados

Foto: Reprodução/Montagem-PRN

Por John Lima

A violência em Pernambuco, sob a administração da governadora Raquel Lyra, segue um caminho preocupante. Apesar dos esforços visíveis, como o lançamento do plano "Juntos pela Segurança" no final de novembro de 2023 e mudanças na liderança da Secretaria de Segurança, os números não mentem: a violência não apenas persiste, mas em alguns aspectos, agrava-se.

Um olhar sobre os números

No coração desse dilema estão as estatísticas alarmantes que colocam Pernambuco não apenas como o estado mais violento do Nordeste mas como o segundo mais violento do Brasil no primeiro semestre de 2023, segundo o levantamento do Monitor da Violência. Esses dados não surgem do vácuo, mas de uma análise meticulosa conduzida por renomadas instituições como o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o G1, fundamentando-se nos números fornecidos pela Secretaria de Defesa Social (SDS) do estado.

Fevereiro de 2024 trouxe uma média diária de 11 assassinatos, totalizando 669 casos nos dois primeiros meses do ano, um aumento de 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tais números são mais do que estatísticas; são vidas perdidas, famílias desfeitas e comunidades em constante medo.

A estratégia em questão

O plano "Juntos pela Segurança", apesar de suas boas intenções, revela-se insuficiente até o momento. Prometendo uma redução de 30% nas Mortes Violentas Intencionais (MVIs) até 2026, além de metas semelhantes para crimes contra o patrimônio e violência contra mulheres, o plano é ambicioso. No entanto, a realidade atual desafia essa visão otimista, questionando não apenas a eficácia das estratégias em prática mas também a velocidade de sua implementação.

Reflexão sobre a abordagem

É imperativo questionar: Estamos adotando a abordagem correta contra a violência? A estratégia não deve se limitar ao aumento da vigilância ou à intensificação das penas. A violência é um sintoma de problemas sociais mais profundos, como desigualdade, desemprego, falta de educação, e negligência com a saúde mental. A solução passa, inevitavelmente, pela abordagem dessas questões de raiz, requerendo uma estratégia multifacetada que envolva educação, oportunidades econômicas, saúde mental, e um sistema de justiça mais eficaz e humano.

Caminho à frente

Não há soluções fáceis para a violência. No entanto, a história nos mostra que é possível mudar o curso com vontade política, investimentos adequados e uma abordagem holística. O governo de Raquel Lyra, juntamente com a sociedade civil, deve encarar esse desafio não apenas como uma questão de segurança, mas como uma crise humanitária que exige uma resposta abrangente e inclusiva.

O futuro de Pernambuco depende da capacidade de todos os envolvidos em reconhecer a gravidade do problema e trabalhar juntos por soluções sustentáveis. O momento é de ação, reflexão e, acima de tudo, de unidade em busca de uma sociedade mais segura e justa para todos.

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