Incidente ocorrido em reunião de comando de greve gera forte repúdio da Associação dos Docentes da UFPE após intimidação de funcionários
Imagem: Divulgação
Da redação
Em uma tarde marcada por tensões e confrontos, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) testemunhou um episódio de violência e intimidação que transcendeu os limites do aceitável em um ambiente acadêmico. Durante a 3ª Reunião do Comando Local de Greve, realizada no Auditório Professor Paulo Rosas, funcionários da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) foram expostos a um ambiente de agressividade e coerção por parte de alguns docentes. Este confronto não apenas desafiou a integridade física e emocional dos trabalhadores, mas também colocou em xeque os princípios de civilidade e respeito que devem nortear qualquer discussão política ou acadêmica.
A resposta da Adufepe não se fez esperar. A associação prontamente emitiu uma nota de repúdio, condenando os atos de violência e garantindo que medidas legais seriam tomadas para proteger seus membros e preservar a dignidade do movimento grevista. O incidente ressaltou a necessidade urgente de reforçar os protocolos de segurança e respeito mútuo em todas as atividades sindicais e acadêmicas.
Segue a íntegra da nota de repúdio emitida pela Adufepe:
Nota de Repúdio da Adufepe
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco vem a público expressar de forma contundente seu mais profundo repúdio às violências que ocorreram, na tarde desta quarta-feira, 24 de abril de 2024, durante a 3ª Reunião do Comando Local de Greve, no Auditório Professor Paulo Rosas, na sede do sindicato. Em uma atitude injustificável e inadmissível, os funcionários da Adufepe foram alvos da agressividade e coerção de determinados professores que participaram do debate. Muito além da discussão política, o que está em pauta agora é o respeito, em especial a todos e todas que estão na luta por nossa categoria, trabalhando incansavelmente para que o movimento paredista conquiste as reivindicações desejadas e operacionalizando todas as deliberações tomadas democraticamente pelos docentes da UFPE.
Os funcionários que estavam assessorando a reunião – tanto na parte técnica quanto na cobertura jornalística – foram intimidados pela falta de limites e civilidade de alguns professores presentes. Os trabalhadores do sindicato foram foco da irracionalidade daqueles que tanto defendem os direitos trabalhistas. A equipe recebeu gritos, teve seu espaço de trabalho invadido, seus equipamentos revistados e, numa atitude que só agrava todo o absurdo que já estava sendo vivenciado, ainda foram fotografados e filmados sem qualquer autorização.
A Adufepe reafirma que o embate político e a pluralidade de ideias são ferramentas indispensáveis à democracia, mas o bárbaro ataque contra as pessoas que fazem a nossa luta acontecer é indefensável. A conduta de todos os funcionários que fazem parte deste sindicato é ilibada. Sempre houve gentileza, cortesia, proatividade e uma competência inquestionável para a melhor e mais célere resolução das demandas, principalmente durante o movimento paredista.
É inaceitável que qualquer um deles se sinta amedrontado em exercer suas atividades profissionais devido ao descontrole de alguns docentes. Preservar a integridade física e também emocional de quem está ao lado da categoria é nossa prioridade. Não será admitido nenhum comportamento desrespeitoso com quaisquer membros de nosso sindicato, sejam eles funcionários ou prestadores de serviço.
Viemos a público reiterar que o embate político entre oposição e situação não pode, de forma alguma, envolver os trabalhadores desta casa. Tais agressões contra os funcionários, inclusive, já haviam sido denunciadas anteriormente, em reuniões fechadas para organização e planejamento das atividades da greve. O episódio desta tarde ultrapassou os limites do tolerável e envolveu pessoas que em nada têm relação com as discordâncias políticas existentes.
A Diretoria da Adufepe se solidariza com cada um dos profissionais que foram diretamente atingidos pelo grave ataque e assegura que tomará as medidas legais cabíveis para resguardar o corpo funcional da entidade.
A Diretoria
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