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Prefeitura e IPHAN firmam parceria para requalificação de espaços históricos do Recife

Os projetos irão contemplar o conjunto histórico do Carmo, a igreja de São José do Ribamar e seu entorno, além de projeto para restauro do Teatro de Santa Isabel. O investimento previsto é de mais de R$ 15,2 milhões


Foto: Marlon Diego/Prefeitura do Recife

Na tarde desta quinta-feira (16), a Prefeitura do Recife e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) assinaram termos de compromisso para a requalificação de espaços históricos na cidade. O evento marcou o início da recuperação do entorno do conjunto histórico do Carmo, da igreja de São José do Ribamar (incluindo entorno e igreja), além da elaboração do projeto de engenharia para o restauro do Teatro de Santa Isabel. O investimento total previsto é de R$ 15,2 milhões.

Antes da cerimônia, o prefeito João Campos, junto com o presidente do IPHAN, Leandro Grass, fizeram uma visita às obras de requalificação do Mercado de São José, que está recebendo um investimento de R$ 23,5 milhões, em uma parceria entre a gestão municipal e o Governo Federal.


Foto: Marlon Diego/Prefeitura do Recife

“Hoje, vistoriamos o Mercado São José, que está sendo restaurado, uma obra da Prefeitura com recursos do IPHAN, de mais de R$ 20 milhões de reais. E celebramos, ainda, a assinatura de dois novos convênios, um para fazer o projeto executivo para a revitalização do Teatro Santa Isabel, nosso principal teatro, e para a execução de obras do conjunto histórico do Pátio do Carmo e da Igreja de São José do Ribamar e seus respectivos entornos. Só temos a agradecer ao Governo Federal por essa iniciativa de retomar o PAC, de retomar a proteção ao patrimônio e de ter política pública que financie a recuperação do patrimônio municipal. Esses espaços fazem parte da história do Recife, têm uma vocação de guardar a nossa história, de atrair turistas e o interesse de estudantes. Desta forma, afirmamos um compromisso com a nossa história, afinal de contas um povo sem história também é um povo sem futuro”, afirmou João Campos. 

O entorno do conjunto histórico do Carmo abrange uma área de aproximadamente 5.942,00m², que inclui o Pátio Nossa Senhora do Carmo, a rua João Souto Maior entre o Pátio do Carmo e a rua Frei Caneca, a rua Cambôa do Carmo e a av. Dantas Barreto no trecho compreendido entre a rua de São Pedro e a rua Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio. As intervenções incluem melhorias nos passeios e pavimentos, e eliminação de obstáculos visuais e físicos. Além da valorização do monumento, o projeto também prevê incremento do comércio local. O valor estimado para essa recuperação é de R$ 4,3 milhões.

Já a recuperação da igreja de São José do Ribamar e a requalificação urbana de seu entorno, tem investimento previsto de R$ 10,1 milhões. Na requalificação urbana do entorno, o projeto abrange uma área de aproximadamente 2.824,00 m², incluindo o Pátio e a Rua de São José do Ribamar, e a Rua Coração de Maria, no Bairro de São José. Segundo a Autarquia de Urbanização do Recife (URB), responsável pela obra, o orçamento previsto é de R$ 3,6 milhões para essa parte e irá revitalizar o espaço, tornando-o mais acessível e reordenado, eliminando letreiros, postes e fios. Já a recuperação da igreja tem orçamento de R$ 6,5 milhões.

O termo de compromisso para a elaboração do projeto de engenharia do Teatro de Santa Isabel tem um orçamento inicial de R$ 800 mil. O próximo passo será a elaboração de termo de referência para contratação de empresa que executará o projeto de engenharia para o restauro, com o detalhamento dos serviços necessários e respectivos orçamentos, contemplando diagnóstico técnico, projeto estrutural, adequações de arquitetura e acessibilidade, projeto de instalações elétricas, de cabeamento e instalações hidrossanitárias, drenagem, combate a incêndio e comunicação visual, entre outros elementos.

“Desde o ano passado nós retomamos o diálogo com as prefeituras e, aqui, no Recife, isso tem acontecido muito bem. Conseguimos colocar os projetos prioritários e partirmos para ações concretas. Portanto, nesse momento, nós temos obras em curso no mercado São José, obras que ainda irão começar e obras que estão tendo seus projetos elaborados. Nesse sentido, a gente vai construindo uma política de curto, de médio e de longo prazo. Obviamente, sabemos da potência que o Recife representa no patrimônio cultural brasileiro”, disse o presidente do Iphan, Leandro Grass. 

Mercado de São José - Iniciadas em janeiro pela Prefeitura do Recife, as obras de reforma e restauro do Mercado de São José, um dos mais importantes e emblemáticos da cidade, estão avançando. Com um investimento total de R$ 23,5 milhões, sendo R$ 20 milhões do PAC em parceria com o Ministério da Cultura e o IPHAN, as intervenções visam revitalizar os 403 boxes existentes, reformar os pavilhões internos, banheiros e elementos estruturais, além de implantar novas instalações elétricas e hidrossanitárias.

“O mercado São José entrou como uma das ações do novo PAC, portanto, há um recurso previsto e garantido para apoiar a recuperação do mercado, uma parceria do Iphan com a Prefeitura do Recife. As obras começaram por iniciativa da Prefeitura e, agora, elas ganham investimentos federais. Nós estamos muito felizes com essa parceria. É importante destacar a liderança, o papel do prefeito João Campos, toda a sua equipe e seu secretariado, porque essas parcerias não acontecem se não tivermos muita dedicação e muita disciplina das equipes técnicas”, comentou o presidente do Iphan, Leandro Grass. 

O projeto é dividido em três etapas para minimizar impactos no comércio local. Atualmente, as escavações para novas estruturas estão em andamento, enquanto a recuperação dos pavilhões e instalações elétricas prossegue. O objetivo é preservar a memória da cidade, reforçando a importância cultural e turística do equipamento, e proporcionar conforto e segurança aos frequentadores. Um espaço provisório foi preparado para os permissionários durante as obras, localizado na Rua da Praia, 47. O prazo estimado para conclusão é de 24 meses.

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