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Desafios na malha rodoviária de Pernambuco: estradas precárias afetam economia e segurança

As más condições das rodovias impactam o agronegócio, turismo e transporte no estado

PEs Esburacadas — Foto: Reprodução

Por John Lima

Além da segurança pública que é o principal calo do governo Raquel Lyra, a malha rodoviária de Pernambuco também vem sendo alvo de constantes críticas por quem trafega no estado. Verdadeiras tábuas de pirulito, as estradas se tornaram obstáculos para escoamento da produção do agronegócio e afeta também outras áreas cruciais da economia, como turismo e transporte.

Pernambuco tem as piores rodovias

Para se ter uma ideia, Pernambuco, mais uma vez, aparece no ranking das piores estradas do Brasil, segundo a 26ª edição da Pesquisa CNT Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) no final do ano passado. O Estado teve duas rodovias estaduais (PEs) entre as dez rodovias brasileiras que receberam as piores avaliações, tendo o pavimento, a sinalização e a geometria da via avaliados como péssimos.

Ranking maldito

As PEs que figuram no ranking das piores são a PE-096, entre Palmares e Barreiros, na Mata Sul do Estado, que ficou na 517ª posição do ranking das piores - para se ter ideia da gravidade, são 520 trechos rodoviários no total -, e a PE-126, entre Palmares e Quipapá, também na Mata Sul, que ocupou a 515ª posição.

Outros pontos críticos

Por conta da situação decadente das estradas no trecho que liga a cidade de Tabira, no Sertão pernambucano, até a divisa com a cidade de Água Branca, na Paraíba – e Tabira até o município de Afogados da Ingazeira, o advogado José Cláudio Soares entrou com uma representação contra o Governo de Pernambuco no Ministério Público.

Alegação

Na representação, o advogado alega que as vias públicas têm causado graves transtornos aos moradores e viajantes que utilizam essas rotas diariamente. “Os buracos e a deterioração das estradas representam riscos significativos à segurança dos usuários e têm causado roubos, danos materiais aos veículos, além de contribuir para um aumento no custo de manutenção dos mesmos”, destacou Soares.

Descaso preocupa população

A falta de atenção da gestão de Raquel Lyra no tocante às estradas chegou a ponto crítico. Dos 1 mil km de rodovias estaduais avaliados na pesquisa anual da CNT, em Pernambuco, apenas 38 km foram considerados bons ou ótimos. Todos os demais trechos, 96,2% do total, foram considerados regulares, ruins (maioria) ou péssimos. Quando o quesito são as rodovias federais que cortam o estado, o cenário muda, tendo 1282 km de estradas consideradas boas ou ótimas, 60% do total avaliado. 

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