Raquel Lyra insiste em apostar nos números pouco convincentes da SDS
Foto: Reprodução
Por John Lima
Neste final de semana, o governo do Estado de Pernambuco soltou uma matéria onde comemora uma redução de 6% nos números preliminares de mortes violentas no estado. A informação está bem longe de condizer com a real situação de descontrole e violência crescente em terras pernambucanas. Durante o mês de junho, por exemplo, Pernambuco bateu recorde de baleados dentro de casa. Nem dentro de casa, estamos mais seguros, imaginem nas ruas. Mas, para o governo, está tudo as “mil maravilhas”.
Números não mentem
Contrariando palavras difíceis de acreditar, ditas pela governadora, os números mostram de fato a realidade nua e crua da galopante violência que toma conta de Pernambuco. Para se ter uma ideia, 25 pessoas foram baleadas dentro de casa no mês de junho, no Grande Recife, segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado divulgado na semana passada. Somente no primeiro semestre deste ano, de acordo com a pesquisa, a Região Metropolitana registrou mais de 120 casos de pessoas vítimas de disparos de arma de fogo em suas residências.
Recorde negativo
O quantitativo do mês de junho bateu o recorde da série histórica deste ano, em relação a esse tipo de recorte. Dos 25 casos, 24 pessoas foram mortas e uma ficou ferida. Nos seis primeiros meses deste ano, 122 pessoas foram baleadas dentro de residências. Do total, 104 foram mortas e 18 ficaram feridas.
Tiro para todo lado
Ainda segundo o Fogo Cruzado, de janeiro e junho deste ano, 134 pessoas foram baleadas no Grande Recife, com 105 mortas e 29 feridas. O número equivale a um aumento de 7% em relação aos casos de mortos em comparação com o mesmo período do ano passado. Em junho de 2023 foram registrados 98 óbitos em decorrência de ataques a tiros. O levantamento também apontou que, no mês de junho deste ano, o dia 16 foi a data com o maior número de casos registrados de pessoas mortas a tiros. Foram contabilizados 16 casos, com 10 mortes. No dia, houve o registro de 10 tiroteios.
Inércia total
Enquanto isso, a governadora se limita a ir em festas e postar vídeos em suas redes sociais. O reflexo veio nas vaias recebidas durante um evento onde o presidente da república, constrangido, teve que pedir ao povo que parasse de vaiar a inerte Raquel Lyra. É urgente que ações firmes de combate a violência sejam implantadas. Comemorar números fictícios não vai proteger nossa população. É preciso polícia aparelhada, investimento em segurança e acima de tudo é preciso que o governo estadual comece a se mexer, se não a coisa vai desandar de vez.
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