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Prefeitura inaugura o primeiro Serviço Integrado de Saúde Mental do Recife

O ambulatório, pioneiro na rede municipal, dará maior vazão aos atendimentos em psiquiatria e demais clínicas da saúde mental. O equipamento contou um investimento de R$ 422 mil


Foto: Rodolfo Loepert/ Prefeitura do Recife

No final da manhã desta quinta-feira (4), a Prefeitura do Recife inaugurou o Serviço Integrado de Saúde Mental (SIM), localizado na Rua das Ninfas, na Boa Vista. Com um investimento de mais de R$ 422 mil, o SIM é voltado para atender adultos em sofrimento psíquico, especialmente aqueles que residem nos bairros do Distrito Sanitário I. A unidade, que tem capacidade para realizar cerca de 220 atendimentos mensais, oferece serviços em especialidades como Psiquiatria, Psicologia e Terapia Ocupacional. Além disso, são disponibilizadas atividades em grupo e oficinas terapêuticas, com o suporte de uma equipe interdisciplinar que inclui profissionais de Educação Física e oficineiros. A inauguração contou com a presença do prefeito João Campos e da secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque.

Durante a cerimônia de inauguração, o prefeito João Campos destacou a importância do novo serviço. "O Serviço Integrado de Saúde Mental é uma inovação recifense que, como o nome diz, prioriza a integração entre os serviços e profissionais. Aqui é feita uma avaliação transversal, um acompanhamento do paciente que inclui o diálogo entre os profissionais de saúde que o atendem, facilitando e melhorando a qualidade do atendimento e do tratamento ofertado. Este equipamento vem como uma solução para diversos obstáculos que existem hoje no cuidado da saúde mental e irá permitir que a Rede de Saúde foque, ainda mais, no bem estar dos pacientes do Recife", afirmou.

O grande diferencial do SIM é a oferta do atendimento especializado, multiprofissional e interdisciplinar dentro de uma perspectiva regular, não exclusiva da atenção à crise ou a casos mais agudos. “Iremos acompanhar o paciente desde o acolhimento ao processo de alta, inclusive com profissionais que não estão na policlínica tradicional, como professores de Educação Física. Além disso, teremos atividades territoriais, discussões clínicas com a Atenção Básica e busca ativa de usuários nos bairros do Distrito Sanitário I (Recife Antigo, Santo Amaro, Boa Vista, Cabanga, Ilha do Leite, Paissandu, Santo Antônio, São José, Coelhos, Soledade e Ilha Joana Bezerra) e de outras regiões”, salienta a gerente de Política de Saúde Mental do Recife, Alyne Vieira Lima.

O SIM também funcionará como frente de apoio e retaguarda de outros serviços, tanto para casos leves e moderados como para casos de sofrimento mental agudo e crônico. Ao todo, serão 34 profissionais atuando no local, entre médicos psiquiatras, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, profissionais de Educação Física, oficineiros, coordenadores e supervisores. O SIM dispõe de recepção, salas de atendimento, de multimídia e de reunião, banheiros adaptados para pessoas com deficiência, área de convivência e local para embarque e desembarque de ambulância. O funcionamento será de segunda a sexta, das 8h às 17h.

“Com o SIM, será possível ampliar a oferta de cuidados especializados e fortalecer o atendimento a demandas relacionadas a transtornos mentais, diversificando as ofertas de cuidado integral à pessoa em sofrimento psíquico ou portadora de transtornos mentais. Com isso, iremos desafogar a fila de espera por especialidades voltadas para saúde mental, hoje concentradas nas policlínicas. Estamos expandindo e qualificando os serviços da nossa Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e isso é um grande ganho para a nossa cidade”, afirma a secretária Luciana Albuquerque. O acesso ao serviço será através do Sistema de Regulação (Sisreg), tanto por meio das unidades da Atenção Básica e dos Centros de Apoio Psicossocial (Caps) quanto das policlínicas. 

Inalda Cavalcante, 51, começou seu atendimento no Serviço Integrado de Saúde Mental nesta quinta-feira (4) e compartilhou sua satisfação com o novo equipamento. "Fazia muito tempo que eu não era atendida por um psiquiatra, apesar de precisar. Esse serviço é de extrema importância, tem muita gente que precisa do atendimento e não consegue marcar. Onde eu moro, por exemplo, é quase impossível conseguir uma consulta. Mas agora vou passar a ser atendida aqui e estou muito aliviada", disse ela.

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