Região Metropolitana tem os números mais preocupantes
Imagem: Montagem/PRN
Por John Lima
Sem receber grandes investimentos e com uma Polícia Civil cada vez mais sucateada, Pernambuco fechou o primeiro semestre de 2024 com aumento das mortes violentas intencionais. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria de Defesa Social (SDS), 1.825 pessoas perderam a vida. Houve aumento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 1.792 casos foram somados.
Fracasso do governo
A gestão da governadora Raquel Lyra vem sendo alvo constante de críticas quando se fala em segurança pública. O sentimento do povo pernambucano é de medo e a sensação é a de que estamos desprotegido. Recentemente, o Instituto Fogo Cruzado divulgou o aumento de pessoas baleadas dentro de suas próprias casas. A situação é grave ao ponto de nem em nossas residências estamos seguros.
RMR em clima de guerra
A Região Metropolitana do Recife (RMR) vive a situação mais crítica. Os números são impulsionados pela violência na capital e em municípios como Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, onde há intensa guerra entre grupos criminosos especializados no tráfico de drogas pelo domínio de territórios.
Números não mentem
Somente no Cabo de Santo Agostinho, uma das cidades onde mais se mata no Brasil, a violência saltou de 60 mortes no primeiro semestre do ano passado para 93 entre janeiro e junho de 2024. O aumento foi de 55%. No Recife, os números subiram de 292 (em 2023) para 353 (2024). Crescimento de 20,8%. Nas mortes violentas intencionais, estão incluídos os homicídios, latrocínios, feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e óbitos decorrentes de ações policiais.
Plano já começa sem resultados
Lançado após vários adiamentos, o objetivo do programa Juntos pela Segurança, é reduzir em 30% o número de mortes violentas intencionais até o final de 2026, tendo como base os números contabilizados em 2022 - ano anterior ao início da gestão Raquel Lyra. Sendo assim, os números comprovam que o programa já começou dando sinais de fracasso.
Sertão violento
Além da RMR, no Sertão também houve aumento nos números. Os assassinatos subiram de 236, em 2023, para 245, no primeiro semestre deste ano. Variação de 3,8%. Embora tenha avido discreta redução de mortes no Agreste e zona da Mata, em praticamento todo o estado, a violência tem vencido a batalha.
O que tem sido feito?
Na tentativa de reduzir a violência, a SDS diz que tem aumentado o número de operações de repressão qualificada, com o objetivo de desarticular organizações criminosas e cumprir mandados de prisão contra os integrantes delas. Entre 1º de janeiro e 5 de julho deste ano, 35 operações foram realizadas. A mais recente foi contra um grupo especializado em furtos e venda de combustíveis adulterados. Na ocasião, um comissário da Delegacia do Cabo de Santo Agostinho e um empresário foram presos.
Facções
Além disso, a pasta estadual alega que tem ampliado o isolamento de líderes de facções que estão no sistema prisional pernambucano, evitando que ordens de crimes continuem sendo dadas para criminosos que estão em liberdade.
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