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Exposição “Silêncio Retumbante”, em cartaz no MAMAM, é apontada como uma das nove mais importantes do país

Indicação foi feita pelo perfil Arte que Acontece, que tem mais de 100 mil seguidores no Instagram, levando em consideração tudo que está em cartaz fora do eixo Rio-São Paulo. Exposição, do artista Izidorio Cavalcanti, fica em cartaz até 29 de setembro  


Foto: Danilo Galvão/Divulgação

A exposição “Silêncio Retumbante”, de Izidorio Cavalcanti, em cartaz no MAMAM, foi sugerida como uma das nove mostras de arte mais importantes em cartaz no país, fora do eixo Rio-São Paulo, pelo respeitado perfil Arte que Acontece, que contabiliza mais de 100 mil seguidores no Instagram.

A exposição tem curadoria de Rebeka Monita, vice-diretora do MAMAM, espaço público mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. “Meditar no trabalho do artista pernambucano Izidorio Cavalcanti é se possibilitar ser atravessado por rituais de conversão de símbolos de beleza e de orgulho e também de sublevação”, convoca Rebeka.  


Foto: Danilo Galvão/Divulgação

Na mostra, em cartaz desde o início de julho, Izidorio, que não assinava uma individual na cidade há 15 anos, reúne pinturas, esculturas, vídeos e fotografias, tudo predominantemente na cor branca, para falar sobre questões raciais, religiosas, sobre preconceitos vigentes e pendurados até nas paredes das artes visuais e sobre a necessidade urgente de derrubá-los.

“Desde o início de 2019, o MAMAM vem discutindo sobre produções de artistas, que, por razões diversas, costumam ficar fora do registro da história das artes. São, em sua maioria e não por acaso, mulheres, artistas não brancos e/ou sexo dissidentes. Naquele ano, a programação do museu foi voltada para dar visibilidade à produção de artistas mulheres, locais e de fora do estado, que ocuparam a pauta de exposições, cursos e oficinas. Por essa programação, recebemos o Prêmio Rodrigo Melo Franco 2020, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA”, conta Mabel Medeiros, gestora do MAMAM. “Izidorio é uma voz que achamos muito importante fazer ecoar. Os debates sobre negritude/religiosidade/exclusão/protagonismos, tão recorrente nos últimos anos, já faziam parte de sua produção muito antes de serem pauta no universo das artes.”

Percorrendo muitos caminhos para promover o encontro do público com as denúncias e perguntas de seu trabalho, Izidorio tem preenchido bem mais que as paredes do MAMAM, apresentando várias performances que dialogam com o tema tratado e os trabalhos expostos. A próxima performance, “Rasgando Branco”, será nesta terça-feira (27), às 15h.

Artista “da casa”, Izidorio tem uma obra no acervo permanente do MAMAM, exposta em “Silêncio Retumbante”, que fica em cartaz até o próximo dia 29 de setembro. O acesso é gratuito.

Sobre o MAMAM - Uma das mais atuantes e importantes vitrines e espaços de salvaguarda e fomento da arte moderna pernambucana e brasileira, o MAMAM reúne mais de mil obras em sua reserva técnica, que abrangem um período histórico compreendido entre 1920 e 2016, assinadas por artistas do vulto de Tomie Ohtake, João Câmara, Fédora do Rego Monteiro, Gil Vicente, Abelardo da Hora, Tarsila do Amaral, Juliana Notari, Marienne Peretti, Tereza Costa Rêgo, Gilvan Samico e Paulo Bruscky, além do patrono da casa, Aloisio Magalhães.

Serviço
Exposição “Silêncio Retumbante”
Até 29 de setembro
O MAMAM (@mamamrecife) fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista.
Visitação de quarta a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h
Acesso gratuito


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