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Iniciativa da Fenae combate analfabetismo infantil no Acre

O Projeto “Saber para o Futuro 2” atende 25 crianças de uma escola pública em Rio Branco  


Foto: Fenae

De acordo com o último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado no início de 2024, 77% dos alunos do 2º ano do ensino fundamental da rede pública do Acre não sabem ler. Além disso, o estado registrou, em 2022, o maior índice de analfabetismo da região Norte do país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), com 8,5% de analfabetos entre crianças de até 15 anos. Diante desse cenário alarmante, uma iniciativa da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Apcef/AC, em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, tem concentrado esforços para ajudar crianças em situação de vulnerabilidade social no bairro Floresta Sul, em Rio Branco (AC).

O projeto “Saber para o Futuro 2” atende 25 crianças, com idades entre 8 e 12 anos, oferecendo aulas de reforço escolar de português e matemática na Escola Pública Clínio Brandão, localizada na capital acreana. As aulas, realizadas duas vezes por semana, são multidisciplinares e focam na atenção individualizada para crianças com dificuldades de aprendizado.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, destaca que apenas a união entre estados, entidades e sociedade civil pode ajudar a melhorar os índices de alfabetismo no estado. “Melhorar os índices educacionais no Acre é um grande desafio. Mas, aos poucos, como em um trabalho de formiguinha, estamos construindo novos caminhos para reduzir essa triste estatística. A escolarização de crianças, adolescentes e adultos é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, com pleno direito à cidadania”, enfatiza Takemoto.

Para Francisco Sales, presidente da Apcef/AC e coordenador da ONG Moradia e Cidadania no estado, apesar dos desafios, é sempre uma lição de vida trabalhar com as crianças que mais precisam. “Embora eu tenha a sensação de estar fazendo tão pouco, quando chego lá e vejo o carinho, o amor e o sorriso dessas crianças, saio fortalecido e renovado para continuar nesta missão”, relata. Sales também destaca o papel fundamental dos voluntários no sucesso do projeto. “Recebemos muita ajuda e encontramos pessoas muito especiais que fazem tudo acontecer. Não consigo descrever a sensação de ser parte de algo que é ao mesmo tempo tão pequeno e tão grande, porque essas aulas vão impactar 25 vidas e 25 famílias”, conclui.

Mãos que fazem a diferença

O projeto conta com a experiência e o comprometimento da pedagoga Lucineide Araújo, que desde o ano passado tem ajudado no aprendizado das crianças atendidas. Segundo ela, a iniciativa foca no ensino e na aprendizagem, acompanhando o desenvolvimento dos alunos com base no conteúdo das aulas regulares.

Esse trabalho dedicado já começa a mostrar resultados positivos. A cada mês, são realizadas avaliações para medir a qualidade da leitura e da escrita das crianças. “Gradualmente, estamos observando ótimos resultados. É muito gratificante ver o progresso delas na sala de aula”, explica Lucineide.

Ela ressalta que esses alunos, oriundos de comunidades carentes, sofreram um grande impacto educacional durante a pandemia e, em muitos casos, não teriam condições de frequentar um reforço particular. “A Fenae traz esse reforço para dentro da escola, dando a esses alunos a oportunidade de superar suas dificuldades e, consequentemente, melhorar até a autoestima deles em sala de aula”, acrescenta.

Para Rafaela Alves de Souza, designer de unhas, o projeto tem feito a diferença na vida das crianças atendidas, já que muitos pais trabalham fora e não têm tempo para ajudar com as tarefas escolares. Ela conta que sua filha, Evillyn Vitória Ramalho, de 9 anos, sempre teve dificuldade para ler, mas o aprendizado melhorou significativamente com o reforço escolar. “Vejo que as crianças estão evoluindo cada vez mais. Muitos pais trabalham o dia todo ou são analfabetos e não conseguem ajudar os filhos. Esse projeto tem contribuído muito para a educação das nossas crianças”, afirma Rafaela.

Maria Raimunda Rodrigues, dona de casa e mãe de Danilo, de 10 anos, compartilha uma experiência semelhante. Mesmo estando na quarta série do ensino fundamental, seu filho tinha dificuldade em ler. “Esse projeto é muito importante para as crianças da comunidade. Meu filho sempre teve dificuldade, mas hoje já consegue ler e não tem mais tanto problema como antes”, conta.

Futuro Brilhar

Para fortalecer a campanha e aumentar o engajamento de empregados da Caixa, aposentados, pensionistas e da sociedade civil em geral, acesse o site Futuro Brilhar (www.fenae.org.br/futurobrilhar). Na plataforma, os doadores têm acesso a informações sobre a campanha, os projetos em andamento e notícias relacionadas.

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