Com pesquisas apontando empate técnico, cada voto se torna decisivo na corrida eleitoral entre Vinícius Castello (PT) e Mirella Almeida (PSD) em Olinda
Foto: Montagem/PRN
Por John Lima
A corrida eleitoral pela Prefeitura de Olinda está entrando em sua reta final e se consolidando como uma das disputas mais equilibradas da história recente do município. As pesquisas divulgadas pelos institutos IPESPE/Folha de Pernambuco e DataTrends, realizadas nos dias 24 e 25 de outubro, apontam um cenário extremamente acirrado entre os candidatos Vinícius Castello (PT) e Mirella Almeida (PSD). Ambas as pesquisas indicam um empate técnico, com variações mínimas que podem ser decisivas no dia da eleição.
IPESPE/Folha de Pernambuco: vantagem mínima para Castello
De acordo com a pesquisa do IPESPE, na pesquisa estimulada, onde os eleitores são apresentados aos nomes dos candidatos, Vinícius Castello aparece com 51% dos votos válidos, contra 49% de Mirella Almeida. Com a inclusão de votos brancos e nulos, Castello mantém uma pequena vantagem, com 46%, enquanto Mirella aparece com 44%. 5% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos, e outros 5% não souberam ou não responderam.
Essa leve vantagem de Castello, porém, está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 4,4 pontos percentuais, o que torna o resultado incerto. Além disso, com 19% de abstenção no primeiro turno, a expectativa é que esse número possa aumentar, impactando diretamente o resultado final.
DataTrends: empate absoluto
A pesquisa do Instituto DataTrends, divulgada na madrugada deste sábado (26), também revela um cenário de empate absoluto entre os candidatos. Tanto na pesquisa estimulada quanto nos votos válidos, Vinícius Castello e Mirella Almeida aparecem com 50% cada. Esse empate reflete a polarização da disputa em Olinda, onde cada voto se torna crucial para a definição do pleito.
Na pesquisa espontânea, onde os eleitores não são apresentados aos nomes dos candidatos, Castello e Mirella aparecem empatados com 45% das intenções de voto. 10% dos entrevistados ainda estão indecisos, o que pode ser um fator decisivo no segundo turno.
Rejeição e influência política
As duas pesquisas também apontam para a rejeição que cada candidato enfrenta entre os eleitores. 41% dos eleitores afirmam que não votariam em Mirella de jeito nenhum, enquanto 40% têm a mesma rejeição em relação a Castello. O que pesa contra a candidatura de Mirella é a alta rejeição à gestão do prefeito Professor Lupércio, padrinho político de sua campanha, que é desaprovado por 51% da população de Olinda.
Já Vinícius Castello, por ser do PT e contar com o apoio do presidente Lula, parece estar conquistando maior simpatia de parte do eleitorado olindense, especialmente em áreas onde o apoio do prefeito do Recife, João Campos, tem forte influência. Campos é considerado um dos maiores cabos eleitorais de Olinda, com 28,6% de influência sobre os eleitores, seguido por Lula, com 26,2%.
Cenário imprevisível
A disputa pela Prefeitura de Olinda segue indefinida e com um cenário de total imprevisibilidade. A alta abstenção e o percentual de indecisos podem definir a eleição no último momento. Com os dois candidatos empatados, as campanhas devem focar em garantir a presença de seus eleitores nas urnas no próximo dia 27 de outubro, onde qualquer oscilação pode significar a vitória.
Com o aumento da polarização e a rejeição aos candidatos de ambas as partes, o resultado final promete ser uma das eleições mais disputadas de Olinda, onde cada voto será determinante.
Fontes: IPESPE/Folha de Pernambuco, DataTrends.
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