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Ataque em Brasília: uma bomba contra a democracia

Atentado de Francisco Wanderley Luiz destaca os perigos da retórica de ódio e a importância de combater a desinformação

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Por Sidney Mamede

Na noite de 13 de novembro de 2024, o coração da democracia brasileira foi alvo de um atentado chocante. Um homem detonou explosivos próximo ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional, em Brasília, antes de perder a própria vida. O ato, transmitido amplamente pelas redes sociais, trouxe à tona as marcas de uma polarização que continua ameaçando as instituições e o Estado Democrático de Direito.

Francisco Wanderley Luiz - Foto: reprodução/Facebook

Identificado como Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020, o terrorista deixou claro, em mensagens publicadas online, o ódio que nutria contra as instituições e seus representantes. O atentado é um reflexo perturbador de uma retórica que se tornou comum em alguns setores da sociedade: deslegitimar a democracia em nome de uma suposta “justiça” ou “revolução”.

O legado da polarização política

Esse não é um caso isolado. Desde os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram os Três Poderes em uma tentativa clara de golpe de Estado, o Brasil tem convivido com a crescente ameaça de atos terroristas motivados por uma cultura de ódio. Discursos que relativizam as regras do jogo democrático, promovem o medo e fabricam inimigos têm contribuído diretamente para o enfraquecimento das bases democráticas.

O atentado em Brasília ocorre em um momento político delicado. As eleições municipais de 2024 demonstraram a força de discursos conservadores, reforçando a polarização. Paralelamente, o Congresso Nacional debate uma possível anistia aos envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, uma proposta que divide opiniões e pode enviar uma mensagem perigosa de impunidade a quem atenta contra a democracia.

A responsabilidade de todos nós

Os atentados contra as instituições não são apenas uma afronta às paredes do STF ou do Congresso; são uma tentativa de silenciar cada cidadão que acredita em direitos, deveres e na convivência pacífica. É fundamental que os líderes políticos, a imprensa e a sociedade civil combatam a desinformação e os discursos de ódio. Precisamos de mais diálogo, menos polarização, e um pacto nacional em defesa da democracia.

Diante de tudo isso, é imperativo destacar: anistiar terroristas é trair os princípios democráticos que regem nossa sociedade. A impunidade não é um caminho para a reconciliação; é um convite para que novos ataques ocorram. Precisamos enviar uma mensagem clara: quem atenta contra a democracia precisa ser responsabilizado e punido de forma exemplar. O Brasil não pode ceder à tentação de perdoar aqueles que tentam destruí-lo. Os atentados contra a democracia não podem ser encarados com naturalidade. Cada ato de violência contra nossas instituições é um apelo para que a sociedade lute pelo que acredita.

Se você acredita na importância de defender nossa democracia, compartilhe este artigo com seus amigos, familiares e redes sociais. Espalhar essa mensagem é uma forma de lutar pela justiça e fortalecer as instituições democráticas do Brasil.

Sidney Mamede, cientista político e treinador comportamental.

https://www.instagram.com/sidneymamede.treinador

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