Uma dieta variada é a chave para evitar doenças crônicas
Foto: Divulgação
Assim como exercícios físicos e uma boa noite de sono, a alimentação é uma das bases para um estilo de vida saudável. Isso pode ser explicado, a grosso modo, pelo ditado popular “você é o que você come”. Ou seja, é através da alimentação que o corpo consegue os nutrientes necessários para as mais variadas funções orgânicas, como a produção de energia, a construção de novas células e tecidos, dentre várias outras. Por isso, ter uma alimentação saudável é fundamental para o bem-estar físico, e até mesmo mental.
De acordo com Camila Nunes, mestre e professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão —, uma alimentação é considerada saudável quando ela garante ao corpo a quantidade necessária de nutrientes para um bom funcionamento. “Mas eu sempre gosto de colocar nessa definição também uma alimentação que leva em consideração os aspectos sociais, econômicos e culturais. Então, a alimentação é muito mais do que comida, ela está envolvida em alguns fatores que permeiam a realidade de um indivíduo”, complementa.
Ela aponta ainda que a alimentação saudável está atrelada à melhora da qualidade de vida, da disposição e do humor. “Os compostos que estão presentes em uma alimentação saudável, os nutrientes, contribuem para uma melhora do estado geral daquele indivíduo, evitando o surgimento de doenças crônicas. Então, quando falamos em alimentação saudável é visando minimizar a ocorrência dessas doenças crônicas”, afirma.
Mitos
Camila também destaca os principais mitos associados à alimentação saudável, como o custo elevado dos alimentos. Segundo ela, isso acaba levando as pessoas a consumirem muitas comidas industrializadas e ultraprocessadas, mas ela aponta uma solução. “Lançamos algumas estratégias, como priorizar alimentos da safra, por exemplo. Assim, vai dar uma possibilidade a mais de aquisição daqueles alimentos, porque são alimentos que vão ter um custo menor para determinada época do ano. Comprar alimentos onde a produção é local, porque a disponibilidade é maior”, detalha.
Outros mitos mencionados pela professora são o sabor das comidas saudáveis, que costuma ser considerado não muito atrativo, e também a demora para o preparo de alimentos de uma dieta equilibrada. “Sabemos que tudo na vida é baseado no planejamento. Então se eu me planejar para comer bem, eu vou conseguir levar um estilo de vida saudável, de maneira sustentável. E o contrário também é verdade”, avalia.
Alimentação saudável para crianças e o uso de telas
A alimentação saudável na infância é um outro tópico abordado pela nutricionista. De acordo com Camila, é necessário que os pais tenham conhecimento sobre a alimentação equilibrada, para que as crianças possam comer bem. “Desde a introdução alimentar, ofertar uma dieta rica e variada, apresentar para a criança os diversos grupos alimentares. E persistir também, entender que uma alimentação saudável é necessária, mas que também ela vai trazer benefícios para aquela criança, que consequentemente vai se tornar um adulto sem nenhuma doença crônica”, aconselha.
O uso de telas durante o ato de se alimentar é um outro risco apontado por Camila. Segundo ela, quando isso acontece, as crianças, principalmente, acabam tendo o sinal de saciedade do cérebro comprometido, o que pode contribuir para a obesidade infantil. “O que poderia me saciar, muitas vezes não vai, porque eu não estou prestando atenção ao ato de comer”, explica.
0 Comentários