Pianista e arranjador nascido no Recife, Amaro tocou uma aplaudidíssima versão instrumental da canção “É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo", de Erasmo Carlos, destaque da trilha sonora de “Ainda estou aqui”, de Walter Salles Jr, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional

Foto: Wesley D´Almeida/PCR
Um dia após a inédita conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional por “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles Jr, o pianista e compositor pernambucano Amaro Freitas emocionou o público do novo polo Graças Instrumental, na noite desta segunda-feira (3), com homenagens ao filme e ao cinema brasileiro. Considerado um dos principais artistas de jazz brasileiro no cenário mundial, Amaro tocou uma aplaudidíssima versão instrumental da canção “É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo", destaque da trilha sonora do filme na voz de Erasmo Carlos.
“Este domingo foi um dia muito especial. Quando nosso cinema ganha, todos nós ganhamos. Viva o cinema brasileiro! Viva Erasmo!”, bradou o músico, que subiu ao palco acompanhado pelo baixista Sidiel Vieira e pelo baterista Rodrigo Digão Brás. ”Tocar aqui é motivo de muita alegria. Acabo de voltar de uma turnê na Europa, com temperatura abaixo de zero, e agora me sinto em casa com esse calor”, ressaltou Amaro, nascido em 1991 na periferia do Recife e formado no Conservatório Pernambucano de Música.
Com uma obra que soma a linguagem do jazz a diversas sonoridades e referências da cultura popular brasileira, além de elementos rítmicos da música africana, Amaro Freitas já lançou quatro discos, tendo tocado com nomes do quilate de Milton Nascimento e Lenine. Como não poderia deixar de ser, no show desta segunda o artista incluiu no repertório versões instrumentais de frevos de bloco como “Evocação No.1”, “Amargo Regresso” e “Madeira do Rosarinho”, com participação especial do multi instrumentista dos sopros Henrique Albino.
Novidade no Carnaval do Recife este ano, o Polo Graças Instrumental traz uma programação com virtuosos artistas da música instrumental, incluindo também o percussionista Gilú Amaral, o bandolinista Hamilton de Holanda e o maestro Edson Rodrigues. “É maravilhoso poder curtir essa música de altíssima qualidade no Carnaval, inclusive trazendo as crianças. Esse polo foi uma excelente ideia”, elogia a estudante Raíssa Ribeiro, moradora do Espinheiro. O polo tem como cenário o Parque das Graças, às margens do Rio Capibaribe.
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