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Casa do Pequeno Folião acolhe filhos de trabalhadores informais do Carnaval do Recife

Espaço é uma inovação da Prefeitura do Recife e funciona pelo terceiro Carnaval seguido, oferecendo acolhimento, alimentação e atividades para crianças de 0 a 6 anos enquanto pais, mães e responsáveis trabalham na folia. Prefeito João Campos visitou a Casa nesta sexta-feira (28) 


Foto: Edson Holanda/PCR

Pelo terceiro ano consecutivo, a Casa do Pequeno Folião está acolhendo, durante os dias de folia, os filhos de trabalhadores informais que atuam no Bairro do Recife durante o Carnaval. O espaço funciona na Creche Municipal Nossa Senhora do Pilar e garante acolhimento temporário para as crianças com idades entre 0 e 6 anos. O trabalho teve início  na abertura do Carnaval, nesta quinta (27/2), e segue até a Quarta-feira de Cinzas (5/3). Além do pernoite, os filhos dos trabalhadores fazem todas as refeições no local e participam de atividades lúdico-pedagógicas e de lazer. O prefeito do Recife, João Campos, acompanhado da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, conferiu as instalações e conversou com os servidores municipais e com as crianças acolhidas na tarde desta sexta-feira (28) de carnaval. 

“Essa é uma inovação que vem do primeiro Carnaval da nossa gestão e que tem capacidade para atender pelo menos 60 crianças filhas dos trabalhadores informais do Carnaval e de catadores. Aqui elas têm uma infraestrutura adequada para se divertir e brincar enquanto os pais e mães estão trabalhando. Com isso a gente garante direitos e, também, afasta o risco de trabalho infantil no Carnaval”, explicou o prefeito.

Foto: Edson Holanda/PCR

A ministra Macaé Evaristo também falou da importância da iniciativa. “A experiência da Casa do Pequeno Folião é muito importante e possível de ser replicada em todos os municípios do nosso país. A cidade está mobilizada em torno da festa e muitas famílias precisam trabalhar, muitas vezes sem ter com quem deixar as crianças. Então, pensar em um carnaval de direitos e inclusivo, com um olhar especial para as crianças, é fundamental. Precisamos, cada vez mais, zelar pelo direito à infância”.

“A gente fica muito feliz em poder contribuir tanto para o desenvolvimento das crianças como para a tranquilidade dos pais e mães. Os pequenos ficam com acesso a descanso, alimentação de qualidade, e os responsáveis conseguem trabalhar com tranquilidade para ganhar o pão de cada dia”, explica a secretária de Assistência Social e Combate à Fome, Pâmela Alves.

O secretário municipal de Educação, Fred Amâncio, por sua vez, destacou a integração entre os vários atores da gestão. “Essa é uma parceria muito bonita entre a secretaria da Educação, que cede os espaços, e a secretaria de Assistência Social e Combate à Fome, que realiza todo o trabalho de acolhimento das crianças. É importantíssimo um projeto que beneficie as mães e pais que precisam trabalhar durante esse período. É um alívio para eles saberem que suas crianças estão sendo muito bem cuidadas e recebendo todo o carinho”. 

Liliana Oliveira de Brito, 31, trabalha como ambulante durante o carnaval e confia na Casa do Pequeno Folião para cuidar de sua filha, Ellen Rafaelly, de três anos. “Para mim, realmente é um conforto, não teve projeto melhor do que esse, que impede que minha filha precise ficar com outras pessoas. Aqui é muito mais seguro e nos intervalos ainda consigo vir brincar e ficar com ela. A estrutura realmente é perfeita”, declarou.

ESPAÇOS DE PROTEÇÃO - Além da Casa do Pequeno Folião, a Secretaria de Assistência Social e Combate à Fome montou os três Espaços de Proteção. Com o objetivo de proteger crianças e adolescentes, que estejam em situação de vulnerabilidade ou trabalho infantil durante o Carnaval 2025, os equipamentos são coordenados por profissionais do Serviço Especializado em Abordagem Social  (SEAS). Nos arredores dos polos de Carnaval do Recife, na Orla de Boa Viagem, perto de bailes carnavalescos e bares, os profissionais atuam para identificar situações de violação de direitos e encaminhar as crianças e adolescentes para esses espaços.

Na Creche Escola Municipal Ana Rosa Falcão de Carvalho, no bairro Santo Amaro, há um Espaço de Proteção que começou a funcionar nesta quinta-feira (27), em horário integral, e segue funcionando até a quarta-feira (5/3), atendendo quem tem entre 0 e 13 anos. No sábado (1º/3), durante o Galo da Madrugada, mais um Espaço de Proteção será montado no Centro Municipal de Educação Infantil Sérgio Loreto, na Rua do Muniz, S/N, bairro de São José, das 7h às 19h, beneficiando também quem tem entre 0 e 13 anos. O Polo do Ibura também contará com um Espaço de Proteção, que será disponibilizado no Campo de Areia do Ibura, do sábado (1º) à terça-feira (4), das 18h à 0h, para crianças e adolescentes com idades entre 6 e 13 anos.

Os Espaços de Proteção dos bairros Santo Amaro e São José têm capacidade para acolher até 50 crianças e adolescentes em vulnerabilidade, proporcionando alimentação e atividades lúdicas. Já o do Ibura disponibilizará 30 vagas. As situações mais críticas identificadas pelo Serviço de Abordagem serão encaminhadas aos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e aos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS), a depender do perfil, para acompanhamento das famílias, viabilizando o acesso às políticas públicas de proteção e promoção social.

EQUIPES ITINERANTES - Para fortalecer o compromisso do Recife com a erradicação do trabalho infantil, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Assistência Social e Combate à Fome, está intensificando as ações do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) no Carnaval 2025. As equipes, formadas por assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais e educadores sociais, iniciaram as atividades no dia 14 de fevereiro, atuando em pontos estratégicos como o centro da cidade, a Orla de Boa Viagem, além de bailes e bares, das 18h à 0h. A ação continuou nos dias 15, 16, 21, 22, 23 e27 de fevereiro, e seguirá durante o período oficial do Carnaval.

As equipes orientam os foliões a discar 100 e denunciar. O número 100 é da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Para a realização do trabalho, serão necessários cerca de 180 servidores vinculados às equipes da Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média Complexidade da Secretaria de Assistência Social e Combate à Fome do Recife.

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