Treinador encerra passagem com 58,3% de aproveitamento; CBF inicia busca por substituto, com Ancelotti e Jorge Jesus no radar
Foto: Rafael Ribeiro / CBF
Por John Lima
O ciclo Dorival Júnior chega ao fim três dias depois da derrota por 4 x 1 para a Argentina no Estádio Monumental de Nùñez, em Buenos Aires, pela 14ª rodada das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026. Ele deixou o comando da Seleção após 16 jogos, com:
✅ 7 vitórias
➖ 7 empates
❌ 2 derrotas
Seu aproveitamento de 58,3% é inferior ao de Tite (75,6%) e até mesmo ao de Fernando Diniz (60%). Apesar de ter assumido em um momento turbulento, a eliminação para o Uruguai e o futebol pouco convincente aceleraram sua saída.
Números de Dorival no comando:
⚽ 25 gols marcados (1,56 por jogo)
🥅 17 gols sofridos (1,06 por jogo)
📊 4ª posição nas Eliminatórias (atrás de Argentina, Uruguai e Colômbia)
A CBF e a busca por um novo técnico
A confederação já iniciou a procura por um substituto, e o cenário lembra a era pré-2002, quando Vanderlei Luxemburgo, Candinho, Émerson Leão e Felipão passaram pelo cargo antes da conquista do penta.
Os favoritos ao lugar de Dorival:
Carlo Ancelotti (Real Madrid) – Sempre foi o sonho da CBF, mas renovou com o clube espanhol até 2026.
Jorge Jesus (Al-Hilal) – Tem apoio de Ednaldo Rodrigues e experiência no futebol brasileiro.
Abel Ferreira (Palmeiras) – Campeão na América, mas resistente a sair do Verdão.
José Mourinho (sem clube) – Nome bombástico, mas pouco alinhado ao perfil desejado.
Filipe Luís (Flamengo, como auxiliar) – Já trabalha no futebol, mas falta experiência como técnico principal.
Os desafios do próximo técnico
O novo comandante herdará uma Seleção em reconstrução, com:
🔹 Falta de um "cérebro" no meio-campo (sem substituto à altura de Casemiro).
🔹 Dependência excessiva de Vinicius Jr. (artilheiro na Copa América, mas sem apoio consistente).
🔹 Defesa vulnerável (Marquinhos e Militão oscilam; falta um lateral-direito de elite).
Próximos Jogos (Eliminatórias 2026):
04/06 – Equador (fora)
09/06 – Paraguai (casa)
Outubro – Chile (fora) e Bolívia (casa)
O Brasil precisa segurar o G4 para garantir vaga direta na Copa.
O Que Esperar Agora?
A CBF quer um técnico estrangeiro, mas a negociação com Ancelotti parece difícil. Se Jesus for contratado, ele terá que:
✔ Rever o estilo de jogo (a Seleção oscila entre posse de bola e retranca).
✔ Encontrar um "DNA" (desde 2018, o Brasil não tem identidade clara).
✔ Gerenciar egos (Vini Jr., Rodrygo, Endrick e outros jovens precisam de sintonia).
Se a escolha for um brasileiro, Filipe Luís seria uma aposta ousada, enquanto Abel Ferreira traria consistência, mas dificilmente sairia do Palmeiras.
Mais uma reformulação no futebol brasileiro
A saída de Dorival marca o fim de mais um ciclo frustrado. Desde Tite, a Seleção já teve 3 técnicos diferentes em menos de 3 anos.
Enquanto a CBF busca um nome de peso, a torcida espera que o próximo treinador consiga restaurar o brilho da Amarelinha – algo que não acontece desde 2002.
Será que o novo técnico conseguirá tirar o Brasil da crise? Ou estamos diante de mais um período de incertezas?
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